"FERRARIA" "SÓ" ZÉ levantava bem cedo Em sua sagrada rotina Seus pés como já domado Caminhava prá sua pequena oficina Tocava fogo na forja E logo o carvão ardia Tocava o ferro frio no fogo Que avermelhava e que mudança sofria Levava-o então prá bigorna E com o braço forte,sobre o ferro a pesada mareta descia. Habilidosas mãos de SÓ ZÉ Desenhava contornos no ferro bruto Que dentro do fogo amolecia; Encomenda que os lavradores aguardavam Era o que lhes ajudavam no labor da terra A tirarem o sustento para suas famílias Ficou na saudade de quem um dia viu,viveu e ouviu, Os sons que dali saia. Era de tudo. Ferro de roda,foice,ferrão, Grampos dobradiças,correntes faca e facão. Na bigorna do tempo,hoje malha a marreta da saudade Na forja da lembrança o que hoje se produz, É este pequeno poema que eu chamo de "FERRARIA".
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